Talvez fosse.
Sim, talvez fosse!
A nossa hora,
o nosso dia,
a nossa tarde de Setembro!
-Lembraste, dessas tardes?
O sol tardio relaxava-nos os corpos
E nós permanecíamos deitados, de mãos dadas;
de lábios colados, de olhos vidrados.
(dizendo todas as palavras que as palavras não dizem)
Tudo o que resta dessas tardes,
não passa de um sonho parado,
com imagens premonitórias de pés descalços,
modelados na areia molhada e desfeitos no rebentar das ondas.
Reparo nas fontes que endoidecem o silêncio
e canto para ti, só para ti!
Passeio pelo cais da saudade
penso nesse tempo que nunca foi nosso e pergunto!
- Queres ser o meu Setembro? - O esporão dos meus beijos?
- A luz da minha luz? - O fogo do meu fogo?
Então vem! Vem hoje, que o amanhã é água a correr.
E o amor é uma rosa, que na secura, morre!
José M Silva 19/10/2013
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