Não escrevo palavras bonitas, escrevo sentimentos bonitos...!
I do not write nice words! I write beautiful thoughts ...




segunda-feira, 8 de março de 2010

O fogo da decadência



De repente, o fogo veio

E aos poucos o dia calou a sua voz.

O silêncio era frio

E o nevoeiro repleto de raiva e ódio

Estendeu as suas garras

Sobre o Portugal futuro.

Os clarões viam-se ali bem de perto

Mais parecia um tempo sórdido de guerra

Onde os homens caem

Abatidos pela ignorância da terra.

E nós deambulávamos perdidos

Escondidos, tontos e amordaçados.

O medo paralisava-nos as pernas

E o suor frio escorria pela face

Entristecida por tanta madrugada perdida

Quando ouvimos uma voz que dizia:

“reparem naquele fogo…

Não é uma fogueira qualquer

Nem tão pouco um fogo que arde sem se ver.

É um contentamento descontente

Que embala o corpo sofrido

Que esmaga o sonho do espírito

Nessa dor que queima até à alma

Na amargura do nosso doer.”

Sim, é uma fogueira sem brilho

Que aquece no arrepio

De quem morre até morrer.

É uma fogueira de má sorte

Que apenas conduz à morte.


Rui Fonseca em No profundo da alma lusitana


António Rui Arrepia Fonseca natural de Foz-Côa.

Licenciado em Filosofia, pela Universidade do Porto.


Inserido numa lógica universal este livro, Leva-nos

numa viagem: histórico-cultural, consciente e analítica da

alma Lusitana. Com abordagens às terras de Ofiúsa,

ao Portugal Templário, à Inquisição...




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