Não escrevo palavras bonitas, escrevo sentimentos bonitos...!
I do not write nice words! I write beautiful thoughts ...




sábado, 8 de agosto de 2009

Perigeu

Perigeu, sob-a-luz-do-luar

Foto retirada da net


Sinceramente não sei!..
Palavras levás o vento
Possuo a ignorante pertença
Da falta!.. Da concepção,
Devastadora das ideias.

Procuro grão a grão
Nesta minha cama presente
Sumos, virgens, pra colher.
Puros, de um fero puro, que em mim, se abstêm
Muito além das vozes…

As crianças riem, saltam, gritam…
Correm em redor do meu pouso,
Olho-as, lírios contaminados.
A água sobe, o desvario é crescente,
O fermento não grela, não germina!

Encontro-me numa casacomum
Habitada por moluscos, e corpus seminus,
Que desfilam, no fundo da retina
Ardendo, em sangue podre
De prazeres, fecundos e ocultos.

O sumo, o apogeu,
A essência, o brotar da matéria,
O alimento que me é negado.
O farto nascido nos campos
E colhido nas rosas.
Num principio fecundo.
desprovido, descontaminado,
Do epicentro viril e selvático
Da crescente matéria d´ouro negro.
De negro ouro, decepado, suspenso e melancólico
Que rodopia… que rodopia… que rodopia…
Que mergulha… que mergulha… que mergulha…

E sempre é madrugada
E sempre a triste noite
E sempre a pirâmide, devoluta
Arrastar a morte embrionária
A morte anunciada do momento!


José M. Silva



4 comentários:

  1. Vou pegar nas tuas primeiras palavras para te dizer que:

    "Sinceramente não sei!.."

    como te comentar...

    A arte não é visível a uns simples olhos.

    Bjs

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  2. Olá Fa, pois é isso mesmo que procuro a arte, a criação, o momento, que está nos campos, nas flores, que é omnipresente e tão inacessivel. "Contaminado á nascença plo epicentro viril e selvático da crescente matéria d´ouro negro". Dogmas, religiões crenças...
    Bjs e boa semana!

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  3. "A morte anunciada do momento"
    Um belo e melancólico poema...
    Um abraço.

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