Sonolento
Nem o dia nem a noite vos chega!
Tal descalabro a furar o pejo pensar.
Pensar que roda nas quinas da sorte
sorte que roça na direcção das velas
velas que acolhem o vento morto.
Que morto já não lembra mais
onde jazem, as trevas, os vendavais
e quantas outras vontades reais.
Que, fizeram o mar subir ao céu
descer à terra e revelar o mundo.
Após três vezes rosnar, gritou!
- Acordai! Não honrais os dignos feitos?
Fostes vós, o pesadelo do meu Ser
Vós, que me ousaste afrontar.
Quem sois agora? O lixo da Troika?...
Ora ora, afiai o gume e levantai a espada!
A vida é nada e a divida é pública…
29/03/2011 José M. Silva
Do livro: «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
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