A reza
Qual reza, qual mar
lumina o conserto
deste povo malfadado
caído na desgraça do fado.
Que tem por capa o destino
verde pinho c´areia enterra
dum império adormecido
no alimento da saudade
do camuflado divino.
Arrasta, o mar em seu redor.
Vê, o que pode numa hora ditar
e d´espanto num ano alcançar
velejando de sopro em sopro.
Aguarda, na esperança que um dia
apareça, neste ou noutro porto.
Vindo, dum ou doutro lugar
Traga, deste ou doutro mar
o céu com sol a raiar.
20/02/2011 José M. Silva
Do livro: «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
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