O profeta
Se o falar fosse cuspir
e a palavra o levantar.
Não estaria a nação; sem ar,
sem guerra ou paz, a carpir.
Se a ocasião faz o ladrão
e se o ladrão marca o tempo.
Haja quem dê a mão à razão
e sinta com o pensamento.
Mas, se a profecia é o ambíguo alento
do bem bom “patriótico” e “amigo”
saiba esta separar o joio do trigo.
Pois palavras, essas, “levás o vento”.
05/05/2011 José M. Silva
Do livro; «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
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