A clareira do bosque é um centro
Em que nem sempre se consegue entrar
É um outro reino que a alma habita e guarda
Parece como que o vazio - ou o nada ou o vazio -
Que estarão presentes ou continuamente latentes na vida humana
E para não ser devorado pelo nada ou o vazio
Haverá que juntá-los num só
Centro é também o coração
Porque é o único que do nosso ser se ouve
E só por ele
Os privilegiados organismos que o têm
Se ouvem a si mesmos
Só os astros longínquos, puros,
Enquanto forem inacessíveis à sua colonização
proporcionarão a imagem real
De um ser idêntico à sua vida inocente
Como se só tivesse sido criado sem ter de nascer
Fica surdo e mudo,
Circunstancialmente, o coração
Deixa então todo o espaço às operações da mente
Que se movem assim
Sem assistência alguma
Abandonadas a si mesmas.
Maria Zambrano
Não escrevo palavras bonitas, escrevo sentimentos bonitos...!
I do not write nice words! I write beautiful thoughts ...
sábado, 27 de março de 2010
Clareiras do Bosque
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Há um interior, fechado, que só se pertence a si...
ResponderEliminarBom fim de semana!
Bjos
Adoro Zambrano! Obrigada por suas palavras, sempre muito bem vindas à matriz dos sonhos!
ResponderEliminarUm abraço poético