Foto de Paulo Vieira (olhares)
Na nascente do teu ouro
na liberdade do teu rosto
sou mãos, sem voz na tua sede.
Sou, o ser que reporta o voo nas mãos…
Ascendo dum mundo de mãos
com muros e montanhas de sangue.
Transcrevo no musgo
e no barro, que me aquece a alma
a chama do teu corpo nu.
Regresso em silêncio ao enigma do teu corpo
e percorro o teu rosto com olhos tacteados.
Sigo os trilhos da minha difusa ilusão
e encalho nas tuas veias dançantes…
Sou o verso do tempo, em noites cerradas
rasgo as mãos, na tinta corrente e incendeio,
o corpo vivo. Saturo a alma, rompo o silêncio…
E desenho… redesenho… e voo!
Voo alto, num voo sem destino….
José M. Silva
Quanta emoção expressa em forma de poesia. Que forma brilhante de começar o Novo Ano.
ResponderEliminarBeijo
Tanto ouro! Um ano de anseios.
ResponderEliminarEm 2010 voa alto! para onde te levar o sonho!
ResponderEliminarBjins
bonito poema...voa sempre sem destino...são so melhores voos dos Poetas.
ResponderEliminarum abraço
Ter o voo nas mãos. Transcrever no musgo e no barro o destino do silêncio e do amor.
ResponderEliminarUm belo poema.
Um beijo.