Não escrevo palavras bonitas, escrevo sentimentos bonitos...!
I do not write nice words! I write beautiful thoughts ...




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Apresentação do livro «As Sombras»

Tenho o prazer de convidar V. Exa.
Para participar na apresentação
do meu livro de poesia, intitulado
«As Sombras»
O evento terá lugar, no salão nobre
da Biblioteca Municipal de São Lázaro.
Sito: rua do Saco, 1 - 1169-107 Lisboa,
(Freguesia da Pena)

Conto convosco :)

José M. Silva




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Prefácio do meu livro de poesia

«Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas, sobre o abismo!»


Prefácio

Ao plantar uma árvore, valorizo, a sua linguagem.
Falo com ela e interrogo-me, como um indivíduo
passível de mudança.
Apercebo-me, que a árvore, por si só, não se vale,
devido à imutável metamorfose do tempo, que a
impede de crescer...
Planto, outras árvores, de espécies variadas em seu
redor. Consciente que ao florir, perderá algo de si,
mas ganhará, muito das outras.
Na arte, como na vida, enalteço, o caminho e traço,
a palavra em conformidade com o estado de alma.
Neste livro, personifico em contexto simbólico
e metafórico; a vontade, o querer e o carácter
dos portugueses.
Questiono-me, como europeu não adormecido,
cidadão, de um país subjugado a uma cultura
“democrática”. Até quando, (num país de intolerantes)
se continuará a tolerar; o desrespeito pelos direitos humanos,
a iniquidade, o despotismo, a desigualdade!…
Para quando, um país realmente livre, um país
de todos, para todos! Quando!

09/12/2011 José M. Silva
Só quando o vento bate três vezes


Só quando o vento bate três vezes
é que as folhas caem.
Umas com vista para a cidade,
outras com vista para o campo,
mas todas caem!...
Os pensamentos mais profundos,
estendem-se ao sol.
E as folhas não entendem
a matéria do sopro que tece a vida…!

15/08/2010 José M. Silva

Do livro: Entre O Hoje E O Amanhã (Vários Autores)
O era


O era e não era, andava a lavrar!
A corda está no pescoço da burra.
E a burra, senhores “doutores”
de tanto parir, de tanto carregar,
já deixou d´andar….

 08/03/2011 José M. Silva

Do livro «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
O profeta


Se o falar fosse cuspir
e a palavra o levantar.
Não estaria a nação; sem ar,
sem guerra ou paz, a carpir.

Se a ocasião faz o ladrão
e se o ladrão marca o tempo.
Haja quem dê a mão à razão
e sinta com o pensamento.

Mas, se a profecia é o ambíguo alento
do bem bom “patriótico” e “amigo”
saiba esta separar o joio do trigo.
Pois palavras, essas, “levás o vento”.

05/05/2011 José M. Silva

Do livro; «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
A reza


Qual reza, qual mar
lumina o conserto
deste povo malfadado
caído na desgraça do fado.
Que tem por capa o destino
verde pinho c´areia enterra
dum império adormecido
no alimento da saudade
do camuflado divino.

Arrasta, o mar em seu redor.
Vê, o que pode numa hora ditar
e d´espanto num ano alcançar
velejando de sopro em sopro.

Aguarda, na esperança que um dia
apareça, neste ou noutro porto.
Vindo, dum ou doutro lugar
Traga, deste ou doutro mar
o céu com sol a raiar.

20/02/2011 José M. Silva

Do livro: «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
Sonolento


Nem o dia nem a noite vos chega!
Tal descalabro a furar o pejo pensar.
Pensar que roda nas quinas da sorte
sorte que roça na direcção das velas
velas que acolhem o vento morto.

Que morto já não lembra mais
onde jazem, as trevas, os vendavais
e quantas outras vontades reais.
Que, fizeram o mar subir ao céu
descer à terra e revelar o mundo.

Após três vezes rosnar, gritou!
- Acordai! Não honrais os dignos feitos?
Fostes vós, o pesadelo do meu Ser
Vós, que me ousaste afrontar.
Quem sois agora? O lixo da Troika?...

Ora ora, afiai o gume e levantai a espada!
A vida é nada e a divida é pública…

29/03/2011 José M. Silva

Do livro: «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
O Rosnador

- Rosna, rosna, rosna, três vezes roda
rodopia, cai, ondula, activa o tufão
redemoinha pé-de-vento, trás alento!
Ó diabo a poeira! Ao mortal a aragem.
- Rosno, grito, berro, ranjo os dentes
reviro os olhos, carrego o sobrolho
ralho do fundo mar, ralho aos céus!
Que o breu fica claro e o dia escurece.

- Dirige, gere, plagia, ao sabor do vento
guarda, no roçar das velas a tua cobiça.
Que a passagem pró El-Dorado é pública
a miséria é nome e o céu não tem mãos…
- Dirijo, governo, roubo! Este, aquele, o outro...
viro à direita, à esquerda, ergo outras valias
desvio milhões, gozo à farta, o sistema é amigo
o de trás fecha a porta, o resto são cantigas.

E ai de quem me enfrente! Ouça, e trema fundo!
Que a vontade do homem jaz no fim do mundo.

24/03/2011 José M. Silva

Do livro «Quando as pontes caem, os homens são cordas gastas sobre o abismo»
Quem menospreza a inteligência emocional, ou é tolo ou é parvo!


José M. Silva